Carros

O carro e o dia das crianças!

Tudo começa antes do parto. 99% das pessoas não sabem qual o modelo, mas foi algum carro que os levou ainda no ventre ao hospital para o nascimento. Seja táxi, ambulância, carro do pai, tio... e alguns até mesmo não aguentaram a ansiedade e despertaram o primeiro choro da vida ali mesmo, no banco traseiro de um veículo. Os pais mais prevenidos, já planejaram a acomodação adequada para o pequeno aprendiz, a famosa cadeirinha. Pesquisas, valores assustadores, mas em dias atuais até testes de segurança veiculares são voltados para a integridade física da criança. E quando menos se espera, o tempo voa, as roupas e calçados não cabem mais, e é preciso comprar novas vestimentas e uma nova cadeirinha.

O “pequetito” já não é mais tão “pequetito” assim, e aparecem os brinquedos e diversões tentadoras aos pequenos olhos juvenis. Velotrol, carrinho de rolimã, carrinho de bate bate, carrinho de fricção... Carrinho de controle remoto e jogos de corrida em vídeo games eram ostentação outrora, tão comuns e acessíveis em dias atuais.

Outros específicos, já optavam sem pensar duas vezes em um carrinho de brinquedo, em vez de uma bola. Preferiam, uma corrida de Fórmula 1, ou Stock Car, em vez de uma partida de futebol televisionada. Folheavam, mesmo sem saber ler, revistas e jornais de carros. A coleção de miniaturas se auto destruía de tanto ser usada. Podiam errar o modelo, mas acertavam sem hesitação a marca do veículo avistado na rua. Reparava toda vez que o vizinho saía com algum carro que marcou a infância, na maioria das vezes um Opala.

Em tempos em que a lei não era tão restritiva, andar no “cochinho” do Fusca, no colo do pai enquanto dirigia ou na caçamba de uma camionete era uma aventura a ser compartilhada com amigos e primos. Brincadeiras universais que pelo menos uma vez fizeram parte da vida de alguém. Não entendia para que servia o câmbio de marchas e a embreagem, muito menos a alquimia que transformava gasolina em velocidade. O sumiço repentino de Senna e da Brasília amarela dos Mamonas Assasinas continuam uma incógnita inexplicável, mesmo depois de décadas, porque?

O tempo imperdoável já não os deixam mais tão crianças assim. Mas é inegável o fato de que a infância remete a todos à alguma memória automotiva. Apesar da evolução natural obrigatória, uns permanecem no mundo automotivo. Continuam com miniaturas, revistas e jogos. Os carros entretanto, agora são reais. Proporcional à realização dos sonhos, são as responsabilidades: trânsito, leis, finanças, manutenções. Independente das obrigações, para esses uns a paixão pelo carro continua ali, seja no álbum de fotografias, na estante ou na garagem... Feliz dia das crianças!

Yuri Rodrigues Leite

ENTUSIASTA  AUTOMOTIVO DESDE OS TEMPOS DE VELOTROL, ME DEDICO EM BUSCA DE CONHECIMENTO TÉCNICO E MERCADOLÓGICO DO UNIVERSO AUTOMOBILÍSTICO. 
FORMADO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO PELA UFOP.
TRABALHO ATUALMENTE NO RAMO DE ENERGIA – SUBESTAÇÕES. 
CARRO BOM É CARRO BEM CUIDADO!

Comente