Diocese de Luz

Comissão divulga programação para o dia do centenário da Diocese de Luz

O dia da festa do aniversário da Diocese de Luz se aproxima e a comissão do centenário divulga a programação do grande dia!

As comemorações iniciam com o Tríduo dedicado ao centenário, onde cada paróquia irá rezar o tríduo seguindo as orientações do subsídio que foi entregue ao clero.

O Tríduo é realizado nos dias 05 a 07 de julho. Em Luz, além do tríduo e as missas, haverá também uma programação cultural.

No domingo, 08 de julho, no dia do aniversário as comemorações começam a partir das 06h00, com a alvorada (tocam-se os sinos das igrejas matriz) festiva em todas as paróquias.

A partir das 07h00, as caravanas são acolhidas na Praça da Catedral, onde haverá café, apresentação de bandas e liras.

Às 10h00, a Missa Solene de 100 anos da Diocese de Luz, presidida pelo Núncio Apostólico Dom Giovanni D’ Aniello e concelebrada pelo bispo de Luz, Dom José Aristeu e os demais bispos presentes.

A celebração será dentro da Catedral, e haverá telões e tendas para o público que permanecer de fora da igreja. A missa também terá transmissão ao vivo pela TV Horizonte e Tv Canção Nova.

No intervalo, o almoço será distribuído para o público presente, nos diversos pontos de apoio, numa grande estrutura ao redor de toda a praça da Catedral.

Às 13h00, inicia o show com a banda católica “Trio Ir ao Povo” e demais apresentações culturais.

O evento está marcado para encerrar às 16h00, com a benção e o envio.

De acordo com a comissão organizadora do centenário, a estimativa é de um público de mais de 5 mil pessoas, de toda a região da Diocese e do Brasil.

A Diocese de Luz

Localizada no Sudeste do Brasil, com uma população de 1.865.579 habitantes (IBGE, 2012), a região Centro-oeste de Minas Gerais abriga a centenária Diocese de Luz. Formada por 32 cidades, a Diocese possui uma população de 440.964 habitantes (IBGE, 2010) e é enobrecida por fazer parte de uma região muito rica em recursos naturais, o que a faz uma potência hidrográfica, pois é banhada pelo Lago de Furnas, ao sul, e pela Represa de Três Marias, ao norte; além de ser o berço da nascente do rio da integração nacional: o Rio São Francisco, que, nascendo no Parque Nacional da Serra da Canastra, um dos mais importantes parques nacionais brasileiros, serpenteia pelo Brasil.

A vegetação predominante no território da Diocese é o Cerrado. O Centro-oeste de Minas, mais especificamente a circunscrição da Diocese de Luz, é uma região desenvolvida, com a economia voltada para a prestação de serviços, pecuária leiteira, cultivo de grãos e extração de cal. Sua localização privilegiada proporciona um fácil deslocamento viário, sendo cortada por várias rodovias importantes, como MG-050, MG-170, BR-262 e BR-354, facilitando o deslocamento até os grandes centros. Não se pode esquecer que, na região de São Roque de Minas/MG, é produzido o queijo Canastra, onde o clima, a altitude, os pastos nativos e as águas da Serra da Canastra lhe dão sabor único e reconhecimento internacional.

A religiosidade é algo marcante nessa região. Várias são as expressões religiosas presentes nas comunidades e paróquias da Diocese de Luz. Ao norte, como, por exemplo, nas cidades de Luz/MG, Dores do Indaiá/MG, Bom Despacho/MG, Serra da Saudade/MG, Estrela do Indaiá/MG e Córrego Danta/MG, há uma forte devoção a Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia e São Benedito, que, na conhecida Festa do Rosário, acompanhada pelos reinados de congo, as chamadas congadas, que também são uma demonstração do efervescente sincretismo religioso, ocasionado pela fusão das religiões oriundas da África com o culto católico, expressa a fé na Mãe de Jesus.

São uma tradição as festas juninas, em honra a Santo Antônio, São João e São Pedro. As roupas caipiras que caracterizam a festa são uma clara referência ao povo camponês, que povoou, principalmente, o Nordeste do Brasil. Na época mais fria do ano, acendem-se grandes fogueiras, aglomeram-se ao seu redor crianças, jovens, adultos e idosos, que, com a reza do terço, prestam seus louvores aos três santos populares.

Não podem ser esquecidas as fervorosas liturgias da Semana Santa, onde fiéis das mais variadas comunidades urbanas e rurais se ajuntam nas igrejas matrizes das cidades da Diocese para as procissões (sobre os belíssimos tapetes confeccionados nas ruas, sendo essa uma tradição religiosa trazida ao país pelos imigrantes portugueses, ainda no período colonial), vigílias, sermões e encenações da Paixão e Morte de Jesus, que fazem voltar no tempo e suscitam fé e piedade.

A criação do bispado

No passado, a região da Diocese de Luz abrigou a quase totalidade da rede de quilombolas liderada pelo Quilombo do Ambrósio, destruído, tragicamente, em 1769, vinte anos antes da Inconfidência Mineira, quando se intensificou o povoamento do território diocesano, que, naquela época, integrava os bispados de Mariana/MG e de Olinda/PE.

Na virada do século XVIII para o XIX, as orações de uma piedosa mulher foram ouvidas e, com o auxílio da Virgem da Luz, foi pacificado o conflito entre os fazendeiros Cocais e Camargos, dando origem ao Arraial de Nossa Senhora da Luz do Aterrado. Foi assim que, movidos por padre Joaquim das Neves Parreiras, atendendo ao anseio então rejeitado pelas maiores e mais importantes paróquias da região, conseguiram transformar o pequeno arraial na sede da Diocese do Oeste de Minas, idealizada por Dom Silvério Gomes de Pimenta, arcebispo de Mariana.

Na época, Papa Bento XV, por meio da bula “Romanis Pontificibus”, de 08 de julho de 1918, criou a Diocesis Aterradensis, com sede no antigo Arraial de Nossa Senhora da Luz do Aterrado, distrito do município de Dores do Indaiá/MG.

O bispado de Luz é a décima das 28 dioceses atualmente existentes em Minas Gerais

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