Violência contra as mulheres

No Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher balanço mundial das agressões é "desolador"

Com o isolamento domiciliar causado pela pandemia do novo coronavírus, segundo a ONU houve um agravo significativo nas agressões contra as mulheres nesse período.

No dia de hoje 25 de novembro é comemorado o dia internacional do combate a violência contra as mulheres. Com o isolamento domiciliar causado pela pandemia do novo coronavírus, segundo a ONU houve um agravo significativo nas agressões contra as mulheres nesse período.

No Brasil a cada 7 horas uma mulher morre, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada, a cada 120 segundos uma mulher é agredida. No ano passado teve assustadores 3.739 homicídios dolosos de mulheres. É uma realidade assustadora que começa a ser mais discutida e presente, porque as mulheres começaram a denunciar mais.  

De acordo com dados da ONU divulgados no fim de setembro de 2020, as medidas de lockdown levaram a um aumento das denúncias ou pedidos de ajuda por violência doméstica de 30% no Chipre, 33% em Singapura, 30% na França e 25% na Argentina. Na Nigéria e na África do Sul os estupros registraram forte alta, no Peru aumentaram os desaparecimentos de mulheres, enquanto no Brasil e México os feminicídios estão em alta. Na Europa as associações que ajudam as mulheres vítimas de violência estão sobrecarregadas.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Brasil registrou 648 feminicídios no primeiro semestre de 2020, 1,9% a mais que no mesmo período de 2019. O governo criou uma campanha para estimular as mulheres agredidas a denunciar a violência, mas, segundo o FBSP, as medidas para acompanhar as vítimas continuam sendo "insuficientes". Em todo o mundo, apenas um em cada oito países adotou medidas para atenuar os efeitos da pandemia na vida de mulheres e crianças, afirma a ONU.

Na grande maioria dos casos as agressões vem dos próprios parceiros, muitas mulheres tem medo de denunciar e não tendo apoio acabarem sendo mortas. 

O silêncio pode ser um sinal

Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial configura violência doméstica e familiar contra a mulher, de acordo com a Lei Maria da Penha, de 2006, que cria mecanismos para coibi-la.

A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos oferece o serviço da Central de Atendimento à Mulher, uma política pública para o enfrentamento à violência contra a mulher em âmbito nacional e internacional.  A vítimas ou qualquer pessoa pode ligar e denunciar.

Ligue 180, por meio de uma ligação gratuita e confidencial, o canal de denúncia funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, no Brasil e em outros 16 países. Nele é possível registrar denúncias de violações contra mulheres, encaminhá-las aos órgãos competentes e realizar o monitoramento. O serviço também informa sobre direitos da mulher, amparo legal e a rede de atendimento e acolhimento.

O silêncio mata, não se cale denuncie!
 

Renata Coutinho Kascher

GRADUADA EM COMUNICAÇÃO SOCIAL, GESTÃO DA COMUNICAÇÃO INTEGRADA: HABILITAÇÃO EM JORNALISMO, PELA PUC MINAS. 
EXPERIÊNCIA DE MONITORIA NA ÁREA DE JORNALISMO, LOCUÇÃO, EDIÇÃO E GRAVAÇÃO DE PROPAGANDA. 
SÓCIA PROPRIETÁRIA DO SITE IGUATAMA AGORA.
CASADA, MÃE DE DOIS FILHOS, ENGAJADA NAS CAUSAS FILANTRÓPICAS, PROTETORA DOS ANIMAIS. 
UMA DAS FUNDADORAS DA ASSOCIAÇÃO PROTETORA DOS ANIMAIS, QUATRO PATAS DE AMOR, DE IGUATAMA-MG.
PRATICANTE E APAIXONADA POR ESPORTES, EMPENHADA EM FAZER UM JORNALISMO TRANSPARENTE, DE BOA QUALIDADE E INFORMATIVO.

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